O SRIJ apresentou recentemente dados estatísticos relativos à atividade do jogo online em Portugal, no terceiro trimestre do ano transato. De seguida, fazemos uma breve resenha dos aspetos que consideramos mais relevantes dessas estatísticas.
Jogo online continua a crescer
Em setembro de 2018, existiam 13 licenças para distribuição de jogo online no nosso país, seis delas dedicadas a apostas desportivas e sete à exploração de jogos de fortuna e azar (slots, jogos de casino e poker). Comparando este número de licenças com as emitidas em período homólogo de 2017, concluímos que o SRIJ licenciou o funcionamento de mais um sítio de jogos de fortuna e azar no país, mais concretamente, o Luckia.
De acordo com os números apresentados pela entidade reguladora, a atividade do jogo online continua a revelar sinais de expansão, não só no que respeita ao número de casinos licenciados disponíveis no país, mas também no que concerne ao volume de apostas realizadas pelos utilizadores nesses mesmos sítios; com efeito, a receita bruta das entidades exploradoras de jogos de fortuna e azar aumentou sensivelmente 6 milhões de euros em relação ao período homólogo de 2017, com aumentos na ordem dos 2 milhões por mês, o que constitui um crescimento de cerca de 60%. A grande fatia das apostas em jogos de fortuna e azar (cerca de 60%) é feita em máquinas de slots, seguida de jogos de poker, roleta francesa e blackjack. O número de novos registos em sítios de jogo não sofreu grandes alterações em relação ao do 3º trimestre de 2017, revelando, no entanto, um ligeiro crescimento.
Distribuição dos jogadores
Se analisarmos a distribuição etária dos jogadores, constatamos que a maioria continua a concentrar-se sobretudo na faixa etária dos 25 aos 34 anos. Geograficamente falando, o Litoral centraliza a maioria dos jogadores portugueses, com destaque para o distrito do Porto, onde residem quase 22% dos jogadores registados em sítios de jogo legais. Os distritos de Lisboa e Braga, respetivamente, são os dois outros distritos com mais jogadores no país.
Auto-exclusão e combate ao jogo ilegal
No terceiro trimestre de 2018, cerca de 6,1 mil jogadores autoexcluíram-se da prática de jogos de fortuna e azar e apostas. Este número revela um crescimento de 0,6% de jogadores autoexcluídos em relação ao período homólogo de 2017, o que dá conta da maior sensibilização dos utilizadores portugueses para a questão do jogo responsável, para a qual tem contribuído o empenho ativo das entidades exploradoras licenciadas pelo SRIJ.
Finalmente, o SRIJ continua a tentar travar a atividade do jogo ilegal em Portugal, pelo que, até ao final do terceiro trimestre de 2018, a entidade reguladora deu ordem de encerramento a 319 sítios e bloqueou 251, tendo ainda apresentado 12 participações junto do Ministério Público relacionadas com a prática ilícita destes sítios.
Caso os números das receitas e de novos utilizadores dos sítios de exploração de apostas e jogos de fortuna e azar continuem a crescer a este ritmo, como tem sido, aliás, a tendência dos últimos anos, o mais natural é que o SRIJ venha a emitir mais licenças de funcionamento a mais sítios de jogo online.