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Playtech apresenta resultados negativos

Resultados Playtech

Playtech apresenta resultados negativos

Autor Ricardo Leal
Julho 24, 2018
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Recentemente, a Playtech, um dos gigantes mundiais da produção de software de casino, apresentou resultados financeiros negativos, antecipando a probabilidade de receitas ainda mais fracas no futuro próximo.

A Playtech é uma empresa britânica, sujeita, tal como as suas congéneres europeias, ao grande dinamismo que atualmente impera nos mercados internacionais. Esta realidade prende-se com o facto de as propostas vindas da Ásia estarem a dar cartas a nível global, também na área do software.

Tradicionalmente, o mercado tecnológico foi sempre liderado pelos E.U.A. No entanto, o mundo evolui e a realidade transforma-se. Apesar de a liderança continuar a ser, de momento, norte-americana, é mais que provável que a Ásia se venha a tornar no continente mais produtivo em termos tecnológicos.

Ora, esta espécie de profecia prende-se com o número de utilizadores do mercado asiático: em países como a China e a Índia, o mercado é gigantesco, pelo que as empresas de produção de conteúdos locais começaram por dominar o seu vastíssimo mercado a nível nacional, tendo, numa fase posterior, investido numa iniciativa de expansão global.

Como sabemos, a grande competitividade associada à iniciativa asiática é baseada no acesso a grande capital e no recurso a mão-de-obra qualificada a título precário, fatores que contribuíram, por exemplo, para que Singapura fosse considerado o 3º país mais competitivo em termos de TI, a seguir aos E.U.A e à Finlândia.

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Esta nova realidade está a deixar sem resposta empresas conceituadas do velho continente, podendo ter implicações para várias empresas do setor tecnológico, entre elas as que fornecem software aos casinos portugueses: NetEnt, GAMING1 e iSoftBet.

Recordemos que há muito que os analistas mais liberais afirmam que a política de emprego em países europeus como França e Alemanha é demasiado conservadora, dificultando a contratação e o despedimento, barrando assim a competitividade. Terá o setor, a nível europeu, de adotar um modelo de gestão mais asiático para sobreviver ou reformular-se, preservando, ainda assim, os seus valores ocidentais e europeus?