Nos passados dias 11 e 12 de abril vai decorreu em Bogotá, na Colômbia, a 21ª edição da FADJA (Feira Americana de Jogos de Azar), um dos mais importantes eventos do setor do jogo online da América Latina, contando com participações e patrocínios dos maiores gigantes do jogo e software online, com nomes como Play’n GO, IGT, Luckia, Novomatic, BetConstruct, Multipoker ou Playtech. Na conferência foram abordadas questões essenciais para o ramo, como a segurança informática, os modelos de marketing, as cadeias produtivas e os programas afiliados. Neste evento definiram-se estratégias de intervenção na Colômbia, onde o jogo é legal, e em toda a América Latina, mais concretamente no Brasil, onde a regulação do jogo deverá ser implementada em breve.
Regulação do jogo no Brasil
Apesar de o processo de regulação no Brasil se encontrar interrompido desde o final de 2018, as expetativas são de que o mesmo seja retomado em breve, ainda no decorrer do presente ano. Com efeito, não obstante o facto de ser ilegal jogar no Brasil, existe jogo e até é feita publicidades a sítios de apostas nos canais de TV por cabo, ainda que se recomende que apenas se jogue em modo de demonstração ou com dinheiro fictício. Não obstante estas recomendações, crê-se que exista uma economia paralela associada ao jogo no Brasil, que urge regular e monitorizar, a fim de evitar burlas e esquemas fraudulentos; afinal, o Brasil é um país gigante e populoso, onde a atual inexistência de legislação ou supervisão pode estar a alimentar uma economia ilegal que envolva montantes elevados e muitos utilizadores totalmente desprotegidos.
O caso português
Caso a legislação brasileira sobre o jogo venha a ser semelhante à portuguesa, o mais natural é que a mesma venha a ser aprovada muito rapidamente pelo Estado brasileiro, já que o licenciamento de operadoras de jogo e de apostas em Portugal rendeu muitos milhares ao fisco português logo no ano seguinte à regulamentação do setor e às primeiras emissões de licenças. De facto, desde 2015 (ano em que o jogo foi regulado em Portugal), os números associados ao setor não pararam de crescer, quer no que respeita ao número de jogadores, quer às receitas derivadas das apostas. Por todas estas razões, é conveniente regular o jogo, não só por motivações financeiras, mas também porque só a regulação e supervisão permitem que os utilizadores joguem em segurança, em sítios onde os resultados são aleatórios e onde os seus dados são protegidos.